Ele afirmou que ainda não conversou com a Fiat --a montadora indiana tem vários acordos com a italiana-- sobre a distribuição e comercialização do carro no exterior, mas deu a entender que ela tem a preferência em um possível acordo.
"Eu acredito que ambas consideramos que onde uma estiver mais forte a outra vai tentar alavancar essa força. A Fiat tem linhas de montagem no Brasil e na Argentina. Em outros mercados como a África do Sul, nós temos uma presença melhor. Então isso varia, mas não tomamos nenhuma decisão nem discutimos isso", disse Tata ao jornal indiano "Economic Times".
Saurabh Das/AP |
O Tata Nano foi lançado na Índia esta semana, onde será vendido por US$ 2.500 |
Montadoras presentes no Brasil vêm dizendo que não é possível comercializar um carro de US$ 3.000 no país. De acordo com elas, a carga tributária e o nível de exigência do consumidor brasileiro impediriam a fabricação de um veículo nessa faixa de preço.
Segundo o empresário indiano, muitas pessoas dizem que o Nano seria muito bem-vindo na Europa, porém afirmou que esse mercado não o "anima" muito. Ele também contou que Carlos Ghosn, o brasileiro presidente mundial de Renault e Nissan, foi a única pessoa do setor automobilístico que não "ridicularizou" o projeto. "Ele afirmou desde o primeiro momento que era uma possibilidade que poderia ser feita somente num lugar como a Índia."
Ele também falou ao jornal que ficou mais animado com o lançamento do carro do que com a disputa da Tata com a brasileira CSN pela siderúrgica anglo-holandesa Corus. No leilão, realizado no início do ano passado, a indiana venceu com uma oferta de US$ 11,30 bilhões, contra a proposta de US$ 11,24 bilhões da brasileira. "A Corus foi um negócio. Ela nos deu muita visibilidade, mas foi um negócio. Existe um diferente nível de animação quando você está construindo algo."
O Nano foi apresentado oficialmente anteontem na feira de automóveis de Nova Déli e deve ser vendido a US$ 2.600.
O modelo não possui rádio, direção hidráulica, vidros elétricos ou ar-condicionado e tem um limpador de pára-brisas em lugar de dois. Com quatro portas, ele tem menos de três metros de comprimento e 1,5 metro de largura.
Para economizar US$ 10, os engenheiros da Tata redesenharam a suspensão de modo a eliminar os niveladores que ajustam o ângulo do raio de luz do farol, dependendo de como o veículo está carregado.
A Tata optou por mancais de roda que sejam fortes o suficiente para levar o carro a andar a até 70 km/h, mas que, a velocidades superiores, vão se desgastar rapidamente, reduzindo o tempo de vida do automóvel, mas não pondo em risco a segurança dos consumidores, segundo a empresa. A velocidade máxima deve ser 120 km/h.
Fonte: bol
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Sweet car!
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